Escolioses
Classificada como um desvio da coluna do tipo tridimensional, a escoliose pode ser dividida em dois tipos: tipo C ou tipo S.
O tipo S é o mais comum, uma vez que o corpo procura se reequilibrar de um desvio atípico, criando para isso um desvio para o sentido contrário.
Assim como acontece com outros desvios posturais, é muito comum que aconteça nas escolioses uma variação de forma e de ângulo tão sutis, que é difícil perceber a existência da disfunção.
Entretanto, em outros casos, o desvio é tão acentuado que causa um grande impacto, afetando diretamente na aparência do paciente.
Uma avaliação postural criteriosa e exames de imagem são fundamentais para orientar o profissional no diagnóstico correto da escoliose.
De acordo com a etiologia da escoliose, podemos entendê-la se desmembrarmos da seguinte maneira:
Estrutural: sua curvatura fixa e rígida não desaparece mesmo quando a causa é tratada. Pode ser congênita, degenerativa, idiopática ou neuromuscular.
Não estrutural: está relacionada a algumas causas, e quando corrigida em sua origem, o desvio na coluna desaparece. Sua origem está relacionada a dores na coluna, espasmo e discrepância de membros inferiores.
Hiperlordose Lombar
Chama-se hiperlordose lombar o desvio na coluna que aumenta a lordose dessa região. Esse tipo de patologia ocorre no plano sagital e para que seja feito o seu diagnóstico devem ser feitas avaliações e radiografias.
Geralmente, as pessoas acometidas dessa condição apresentam uma anteversão pélvica, além disso, a falta de mobilidade da pelve pode ser um dos fatores que levam ao surgimento da hiperlordose.
Outros motivos que podem levar ao desenvolvimento desse problema são:
- Sedentarismo;
- Má postura;
- Obesidade;
- Gravidez;
- Genética;
- Lesões e traumas;
- Movimentos repetitivos;
- Hérnia de disco;
- Fraqueza e encurtamento muscular;
- Espondilolistese.
Vale ressaltar que a hiperlordose lombar pode ser originada das dores causadas por outras patologias.
Ou seja, para encontrar posições mais confortáveis o corpo acaba se adaptando como pode, mesmo que isso prejudique a estabilidade da coluna, causando um dos desvios na coluna.
Hipercifose Torácica
Certamente, a hipercifose torácica é um dos desvios na coluna mais comuns e pode ser causada por diversas patologias, em especial nos idosos.
É muito comum que pessoas desse grupo apresentam osteoporose, por exemplo, que é uma doença que pode comprometer a morfologia das vértebras, provocando alteração na sua estrutura.
Dessa forma, manter uma postura correta diante das mudanças biomecânicas fica impossível para o idoso, assim, o desenvolvimento da hipercifose é inevitável.
Como foi dito, essas patologias são muito comuns, dentre os idosos a estimativa é que essa porcentagem fique entre 20% e 40%.
Contudo, nem todos os casos de hipercifose torácica são de ordem patológica, pelo contrário, em sua grande parte, fazem parte do grupo do que denominamos hipercifose postural.
A postura que a pessoa adota durante as atividades que desempenha no dia a dia é a principal responsável por esse desvio na coluna.
Por outro lado, temos as características psicossociais que não podem ser negligenciadas, já que estão entre as principais causas desse problema.
Uma vez que pessoas tímidas, depressivas, com sentimentos de fragilidade, têm a tendência de assumir uma postura de recolhimento, como se quisessem “se esconder”, aumentando assim a cifose torácica.
De tal forma que esse paciente, além do tratamento para solucionar o desvio na coluna, deve buscar um apoio psicológico.
Hiperlordose Cervical
Quando ocorre um exagero da lordose da coluna cervical, o resultado é um dos desvios na coluna conhecido como hiperlordose cervical, que pode ser causado por:
- Fraqueza e desequilíbrio muscular;
- Má postura;
- Alterações e problemas nas articulações temporomandibulares;
- Deformidade com causa genética;
- Hipercifose na região torácica.
A característica comum aos pacientes com hiperlordose cervical é a hipertrofia nas musculaturas abaixo do pescoço.
Assim sendo, há uma curvatura significativa da cervical, fazendo com que haja uma protrusão da cabeça.
Por esse motivo, é muito comum que os pacientes desenvolvam dor na cervical, visto que a cabeça passa a ter maior pressão nas estruturas cervicais.