Dr.Luis Sombra - Ortopedista em Fortaleza

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O que é a síndrome da Cauda Equina?

Síndromes são um ou mais conjuntos de sinais e sintomas que podem ou não ocorrer em simultâneo. As causas são variadas e comumente podem se assemelhar com uma ou várias outras doenças.

É importante também lembrar que, por vezes, síndromes também são denominadas como condições que ainda não possuem uma causa exatamente definida.

No entanto, uma síndrome não representa uma doença. Alguns fatores característicos às síndromes colaboram e transformam elas em possíveis diagnósticos.

Neste artigo, apresentaremos a síndrome da Cauda Equina, que também apresenta conjuntos de sinais e sintomas que devem ser observados a fim de um diagnóstico mais exato. 

O que é a síndrome da Cauda Equina?

A síndrome da Cauda Equina pode ser caracterizada a partir de alguns fatores importantes que compreendem: compressão das raízes nervosas lombares, sacrais e coccígeas distais. Isto ocorre ao término do cone medular na altura das vértebras L1 e L2.

Os nervos fornecem sinais às pernas para controlar os músculos e proporcionar algumas sensações, por exemplo. Estes, por sua vez, são comprometidos uma vez que são comprimidos em excesso. Algumas funções do corpo podem ser comprometidas e dores podem ser ocasionadas também.

As consequências são diversas, uma vez que atingem funções vitais ao corpo humano. Dentre elas, é possível mencionar a função intestinal e da bexiga, que podem ser comprometidas parcialmente ou até mesmo alterar os seus respectivos funcionamentos por completo.

O nome síndrome da cuada equina, tem origem relacionada a cauda do cavalo, pois nos arredores da lombar, o feixe dos nervos, lembra a forma da cauda do animal.

Quais são as principais causas da Cauda Equina?

Existem estudos que apontam para a baixa incidência da síndrome da cauda equina, no entanto, é importante estar alerta aos possíveis sintomas.

Se não reconhecida e tratada, a síndrome pode evoluir para quadros mais significativos e, consequentemente, gerar algumas sequelas que podem ser irreversíveis. 

Dentre as origens do problema, ao olhar patogênese da síndrome da Cauda Equina, vê-se que há pelo menos duas explicações: 

  • mecânica: nesta, as raízes da cauda equina induzem aos sintomas;
  • vascular: a compressão pode gerar uma isquemia das raízes nervosas e, posteriormente, sintomas neurológicos também apareceriam; 

Nesse sentido, algumas causas da compressão estão ligadas às hérnias discais, tumores, traumas (fraturas ou luxações) e vascular. Logo, vê-se que a variabilidade de causas é considerável, uma vez que as consequências envolvem alguns sintomas incômodos àqueles que sofrem da síndrome.

É de fato muito importante um diagnóstico precoce e que a condição seja tratada dentro de um tempo adequado a fim de garantir a melhora do quadro no paciente.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas da presença da síndrome da Cauda Equina se dão pelos meios abaixo: 

  • a função intestinal pode estar comprometida com a disfunção do intestino e/ou da bexiga, com sintomas que envolvem incontinência; 
  • há perda de algumas sensações vitais nas áreas comuns na região inferior do corpo: virilha, região anal, nádegas e no mais, nas coxas;
  • dormência ou formigamento também são bem presentes, podendo inclusive causar outros tipos de acidentes devido o comprometimento dos membros inferiores; 
  • disfunção sexual também deve ser considerada, principalmente porque também pode ser comprometida uma vez que faz parte dos membros inferiores. 
síndrome da cauda equina
Um dos síntomas mais característicos da síndrome da cauda equina é a dor que pode ser aguda ou moderada.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico médico deve ser feito com base em avaliações físicas e neurológicas mais complexas.

O histórico e sinais clínicos também são muito importantes. Além disso, outros aspectos devem ser analisados a fim de um diagnóstico mais minucioso.

Alguns exames complementares como ressonância magnética também podem ajudar no reconhecimento do quadro. 

Desse modo, é importante também perceber que, por vezes, a síndrome da cauda equina pode ser confundida com outras patologias.

É essencial que o diagnóstico seja o mais acurado possível, a fim de evitar um tratamento diferente do que é preciso. 

Alguns testes podem ser solicitados, tais como: avaliar o alinhamento da coluna, amplitude de movimento, teste manuais dos sentidos, equilíbrio, orientação espacial, movimentos das pernas e avaliação da região anal, a fim de perceber disfunções musculares que podem causar incontinência. 

É possível então, a partir de testes mais direcionados, perceber alguma disfunção e/ou alteração quando examinado. Há, portanto, resultados que demonstram a perda de sensibilidade em algumas áreas mais específicas.

Consequentemente, indicam o nível da lesão da raiz nervosa ou da totalidade do nervo espinal.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Os tratamentos estão diretamente ligados ao alívio da pressão exercida nos nervos.

A depender do nível de avanço do caso, os pacientes que possuem a síndrome da Cauda Equina necessitam de cirurgia a fim de reduzir riscos e danos a longo prazo. Além de evitar maiores consequências, podem até mesmo corrigir os problemas desencadeados pela síndrome. 

Ainda, a síndrome da Cauda Equina se divide em duas formas:

  • aguda, pode haver um agravamento dos sintomas, podendo levar à paralisia por horas;
  • crônica, ocorrendo em intervalos mais distantes e que podem se estender até em meses ou anos. 

Em casos mais brandos, o tratamento pode incluir doses de corticosteroide e tratamento fisioterápico, a fim de garantir a reabilitação do paciente. Por vezes, os quadros de dores são amenizados e eventualmente a sensibilidade recuperada. 

Recentemente veio à mídia o caso do cantor de forró e sertanejo Wesley Safadão, que foi operado devido a seu tratamento de hérnia de disco. No entanto, o cantor quase foi atingido pela síndrome de Cauda Equina. 

A suspeita foi suscitada uma vez que os sintomas da hérnia de disco poderiam estar relacionados à síndrome. Contudo, a síndrome estava em desenvolvimento e o diagnóstico a tempo foi crucial para sua recuperação e o seu não-desenvolvimento.

O caso do cantor foi publicado nas notícias de diversos portais de notícias como o G1 e você pode encontrar informações mais detalhadas sobre o caso. 

Conclusão 

Logo após o diagnóstico, o paciente deve ser encaminhado para o tratamento em caráter de urgência, uma vez que o desenvolvimento da síndrome da cauda equina pode ser muito rápido e doloroso.

Em casos mais complexos, podem, inclusive, causar paraplegia. O tratamento individualizado deve se deter à causa de cada paciente, com base em seu diagnóstico, a fim de um tratamento efetivo. 

Para mais informações sobre esta e outras síndromes, siga o nosso blog e deixe seu comentário abaixo caso tenha alguma dúvida.

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