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Saiba o que é dor. Conheça os tipos e as formas de tratamento

De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor de um indivíduo é uma experiência em que ele vive uma sensação sensorial e emocional ruim.

Essa dor também está ligada diretamente a algum dano tecidual real ou potencial. 

Além disso, conforme a bioética na saúde, não existe um medidor para dor. Pois, cada indivíduo possui os seus limites.

Na medicina existe a distinção entre a dor crônica e a dor aguda. Isso para que os pacientes sejam tratados conforme a sua fisiopatologia.

A dor no corpo sinaliza que algo de errado está acontecendo. O estímulo de dor pode ser enviado de forma aferente para o cérebro por algum corte ou pancada, por exemplo.

E ainda, em casos de inflamações, o corpo libera substâncias através dos anticorpos que causam a sensação de dor. Isso sinaliza o processo de inflamação que inicialmente é aguda, mas pode tornar-se crônica com o passar do tempo.

Conforme dados do IBGE, quase metade dos brasileiros sofrem diariamente com algum tipo de dor. Sendo um terço desses portadores de dores crônicas.

A dor é algo muito comum e vivido por muitas pessoas em algum momento da vida. É algo que cada pessoa sente de forma particular. Então, se você tem interesse em entender um pouco mais sobre dores crônicas e agudas, continue a leitura.

O que é dor?

Em resumo, a dor pode ser fácil de explicar na prática. Pois, é uma sensação que as pessoas estão suscetíveis a viver em qualquer momento. Sendo desde o momento de bater o cotovelo ou pisando em um espinho, por exemplo. 

Também existem as dores emocionais e que não podem ser negligenciadas. Visto que dores físicas e emocionais são interpretadas pela mesma região do cérebro. 

Logo, não há um medidor para dor e todos os tipos de dores devem ser devidamente tratadas.

Como citado anteriormente, a dor causa alerta para o corpo, pois é um dos sinais da inflamação. Apontando para o organismo que algo está mal e que ele precisará liberar anticorpos para tratarem isso.

A dor não aparece apenas com estímulos prejudiciais ao corpo. Pois, funciona com o objetivo de proteger o indivíduo para que ele não repita algo que o fez mal.

Qual a diferença entre dor aguda e dor crônica?

Muitas pessoas quando estão sentindo dor e decidem ir ao médico não entendem termos como “dor aguda” e “dor crônica”. 

Por isso, se você é uma dessas pessoas que ainda tem dúvidas. Saiba que a principal diferença entre esses dois tipos de dores não está apenas no tempo em que você está sentindo.

Pois, a dor aguda embora seja mais presente quando o paciente passou a sentir a dor no início, ela é o alerta de que há alguma lesão ou infecção no corpo. 

Já a dor crônica, aparece quando a aguda não foi tratada, passando a se tornar uma doença e sendo preciso um atendimento mais profundo e atento nesses casos.

O que é dor crônica?

Uma dor pode ser considerada crônica quando ela passa a ter duração maior do que três meses. Além disso, também são consideradas crônicas, os tipos de dores que dão uma pausa, mas voltam logo depois por longos períodos.

A maioria das dores crônicas são resultantes de sintomas de patologias. Mas também há casos em que não é possível detectar qual a doença do paciente através de exames clínicos e laboratoriais. 

Nesses casos, a própria dor é considerada a doença.

O que é dor aguda?

a dor aguda é uma resposta imediata do organismo, que acontece após um trauma ou um corte, por exemplo.

Logo, a dor possui um tempo de duração e pode ser apenas no momento da lesão ou se estender por até três meses.

Pode sinalizar também o sinal de alguma doença como nos casos de pedras nos rins, infarto ou pneumonia, por exemplo. 

Após a sinalização do que deu origem ao sintoma, é iniciado o tratamento adequado para o caso. Normalmente em dores agudas é indicado o uso de compressas frias para ação anestésica e as quentes como relaxantes para o músculo.

Além disso, também há o tratamento pelo uso de medicamentos prescritos por médicos ou massagem feitas em casas, ou com fisioterapeutas.

dor
Dor aguda é uma resposta imediata do organismo a um trauma, por exemplo. Dor crônica e a dor que persiste por um período maior do que três meses.

Outros tipos de dor

A dor é uma experiência variável e possui diferentes tipos que as classificam. De modo geral, muitas pessoas conhecem a diferenciação apenas pelo tempo de duração. Mas existem outros tipos de dores. Veja agora!

Dor nociceptiva

A dor nociceptiva tem como causador um estímulo nociceptivo. Ou seja, um estímulo nociceptor envia a informação de dor para o cérebro através de um receptor nervoso.

  • Dor nociceptiva visceral: nessa subcategoria, os órgãos internos são atingidos. Podendo causar sintomas de dores de estômago, azia e outros desconfortos intestinais.
  • Dor nociceptiva somática: nesse caso, a dor aparece apenas na superfície do corpo, como em casos de dores das articulações e em músculos. Sendo de forma latejante, aguda e intensa.

Dor neuropática

Dores neuropáticas estão associadas a problemas no sistema nervoso central como medula espinhal e cérebro, além de nervos periféricos.

Na maioria dos casos, esse sintoma está associado a patologias degenerativas ou mudanças na forma típica da coluna vertebral.

A forma como os portadores dessa dor sentem o sintoma aparece de diferentes formas. Muitos descrevem sentir uma queimação, formigamento ou adormecimento na região. 

Dor somática

Esse tipo de dor é mais espalhada, pois, como ela costuma aparecer em locais do corpo que possuem poucos receptores. Normalmente, ela não causa uma sensação muito marcante, mas costuma durar um período de tempo mais longo.

A dor somática divide-se em duas categorias definidas pelos sintomas que o paciente possui:

Dor somática superficial

Uma dor somática superficial são casos em que há uma lesão na parte superficial da pele ou das membranas mucosas, conhecida também como dor cutânea.

Exemplos cotidianos desses casos são quando você queima a mão ao segurar uma caneca quente, ocasionando uma queimadura de primeiro grau. 

Ou quando sua pele é ralada e há o aparecimento de pequenas feridas.

Dor somática profunda

Nesse caso, há a lesão de uma parte mais profunda dos tecidos do corpo, ocasionando em uma dor mais interna. 

Casos do dia a dia mais comuns são os de problemas nas articulações, dores nos músculos, problemas nos vasos sanguíneos e alterações na estrutura óssea.

Dor psicossomática

A dor psicossomática ou psicogênica não possui uma causa física. Pela psiquiatria, a somatização define diversas dores espalhadas pelo corpo que não possuem uma explicação orgânica

Nesses tipos de incômodo acontece em virtude de questões psicológicas. Nesses casos, são indicados o auxílio de acompanhamento com psicólogo e psiquiatra para o tratamento adequado e avaliação minuciosa. 

Dor idiopática

Idiopático refere-se a algo sem explicação. Logo, em casos de quando o paciente ainda está no processo de diagnóstico com dor psicossomática. Considera-se o seu problema como idiopático, até se identificar a sua causa psíquica.  

Os profissionais da saúde consideram que esse sintoma aparece sem causa aparente e de forma espontânea não se sabe ao certo qual a sua origem.

Formas de tratamento

É extremamente necessário iniciar o tratamento da dor o quanto antes para o melhor prognóstico,  a fim de evitar que a dor aguda se torne uma dor crônica a longo prazo, além de garantir mais qualidade de vida para o paciente.

Para isso, há diversas alternativas para o tratamento dos tipos de dores. Confira:

Mudança nos hábitos

Mudar os hábitos é uma ótima forma de prevenir o aparecimento das dores. Além de também melhorar o seu metabolismo e a imunidade para que o seu corpo trabalhe contra as dores.

Por isso, em casos de dores na coluna, além da procura de um médico ortopedista, é necessário melhorar a postura.

E ainda, em outras situações de dores físicas ou transtornos mentais como depressão ou ansiedade, por exemplo. 

É indicado a realização de  caminhadas matinais, melhora da alimentação e limpeza do sono, por exemplo;

Cuidados com a saúde mental

Fazer sessões de terapia cognitiva comportamental e o acompanhamento com um médico psiquiatra garantem mais eficiência para o tratamento de dores psicossomáticas.

Pois, em alguns casos essas dores estão associadas com transtornos mentais que precisam de acompanhamento para evolução do quadro do paciente.

Sessões de fisioterapia

Após a indicação de um médico ortopedista, fazer o acompanhamento com um fisioterapeuta para alongamento dos músculos proporciona ao paciente uma melhora na saúde dos ossos e articulações.

Realização de cirurgias

Há casos em que é necessário fazer cirurgias para alguns pacientes que possuem dores mais avançadas na coluna, por exemplo. 

Em situações nesses casos, torna-se preciso o acompanhamento com um médico ortopedista para a recomendação de um procedimento cirúrgico na coluna para a diminuição das dores, caso seja necessário.

​Considerações finais

O  tratamento da dor pode ser cirúrgico ou não cirúrgico.

O tratamento não intervencionista é o mais indicado para a grande maioria dos casos, porém, tudo depende do diagnóstico do paciente, por isso, para o melhor tratamento das  dores físicas, é necessário o acompanhamento de um ortopedista.

Uma rotina de cuidados com a alimentação, prática de atividades físicas e comportamento postural, ajudam a evitar o surgimento da dor. 

Conte com a minha ajuda e a da minha equipe para o melhor acompanhamento e tratamento da dor.

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Dr.Luis Sombra - CRM/CE 13.266 - TEOT 15.049 - RQE 7.650 - Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia da Coluna

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