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Tudo sobre escoliose.

A escoliose é um problema na coluna caracterizado por uma deformidade em seu plano tridimensional, associado a inclinação lateral e rotação axial das vértebras. Bem como pela diminuição das curvaturas da coluna vertebral no plano sagital.

Em outras palavras, ao adotar patologicamente uma postura de desalinhamento, a coluna contorce-se em seu próprio eixo. Resultando em sua inclinação que pode ser para frente ou para trás e para os lados.

Esse tipo de desvio na coluna, diferente dos demais, apresenta-se em forma curva, bem semelhante à letra “C”, quando tem uma curvatura só, se tiver mais, tem a aparência de um “S”.

A maioria dos casos de escoliose acontece entre os 9 e 16 anos, que é a fase de crescimento do indivíduo. E geralmente atinge o gênero feminino e pessoas que tenham histórico dessa deformidade na família.

Continue a leitura do artigo para saber mais sobre a escoliose. 

Quais as causas da escoliose?

Embora a grande maioria dos casos de escoliose esteja relacionado ao tipo estrutural e que não possuem uma causa conhecida (idiopática).

Existem alguns fatores genéticos de grande influência, tais como:

  • Sequela de doenças neurológicas como paralisia cerebral e poliomielite;
  • Má formação congênita;
  • Pós-trauma.

Para detectar de forma simples e precoce os primeiros sinais da deformidade, o ideal é posicionar-se atrás do paciente.

E observar se quando o mesmo realiza a flexão do tronco para a frente, se há uma área em elevação nas costas.

É muito comum que no estágio inicial da condição o paciente não sinta dores e, por esse motivo, fica mais difícil perceber seu avanço e evolução.

Para um diagnóstico mais preciso, o médico solicita um raio-x, por meio do qual consegue comprovar e medir a angulação das curvas desse desvio na coluna.

Nesse sentido, é muito comum que sejam feitas as seguintes considerações:

Curvas de até 30º: utiliza-se o tratamento conservador com atividades específicas de fisioterapia, principalmente o RPG – Reeducação Postural Global;

Acima de 30º: recomenda-se o uso de coletes, além da fisioterapia;

Acima de 50 graus: quando os órgãos vitais não estão sendo comprimidos e o desvio não está causando um impacto significativo na aparência, de acordo com o paciente, o tratamento conservador é indicado.

No entanto, dependendo da localização da curva, que pode contribuir para a compressão dos órgãos vitais como coração e pulmão, o tratamento cirúrgico é a melhor opção.

Lembrando que, quanto antes a escoliose for descoberta, maiores são as chances de sucesso em seu tratamento.

escoliose
A maioria dos casos de escoliose acontece entre os 9 e 16 anos, que é a fase de crescimento do indivíduo. E geralmente atinge o gênero feminino e pessoas que tenham histórico dessa deformidade na família.

Tipos de escoliose

Conforme já foi mencionado, a escoliose pode ter diferentes origens, mesmo que seu aspecto físico seja bem parecido em todos os seus tipos.

Além de seus prognósticos distintos, em termos de evolução, cada um dos seus subtipos de comporta de uma maneira. Veja!

Escoliose congênita (com origem no nascimento): 10% dos casos dessa deformidade têm origem no dia que a criança nasce, quando é possível notar a má formação ou divisão das vértebras;

Escoliose neuromuscular: decorrente de sequelas de doenças neurológicas como a paralisia cerebral e a poliomielite;

Escoliose idiopática: o tipo mais conhecido de escoliose não possui causa conhecida, por isso, cada pessoa apresenta peculiaridades e índices de evolução diferentes;

Escoliose pós-traumática: oriunda de doenças do tecido conjuntivo, como também das anomalias cromossômicas;

Escoliose Degenerativa do adulto: o avanço da idade é o principal fator responsável pelo desgaste dos discos da coluna e suas articulações.

Escoliose idiopática: O tipo mais comum de escoliose é o idiopático, em média 80% dos pacientes fazem parte desse grupo.

Muito se especula sobre as causas da escoliose idiopática, porém, nenhuma das especulações chegou a um resultado conclusivo.

Para melhor entendimento, é necessário fazer a divisão em 4 grupos etários:

  • Infantil: de 0 a 3 anos de idade;
  • Juvenil: dos 3 aos 9 anos;
  • Adolescente: dos 10 aos 18 anos;
  • Adulto: depois dos 18 anos.

Vale ressaltar que algumas pessoas têm maior suscetibilidade a essa deformidade na coluna, por exemplo, na puberdade, como o crescimento do corpo é mais rápido, o risco da curva é acentuado.

Outro índice relevante é que a escoliose tem maior prevalência entre as meninas do que nos meninos da mesma faixa etária.

Até que a curva tenha progredido o suficiente a ponto de tornar-se visível, esse tipo de desvio na coluna pode não ter sintomas, o que dificulta o seu diagnóstico.

Principais sintomas da escoliose

Como nós vimos até aqui, a grande maioria dos casos de pacientes com escoliose não possuem sintomas, ainda assim, eles podem existir, mesmo que bem discretos, como:

  • Dores musculares que podem variar de intensidade, de leve a alta, dependendo do caso de cada paciente;
  • Sensação de fadiga nas costas, principalmente depois de longos períodos em pé ou sentado;
  • Aspectos psicológicos.

Porém, os pacientes que já estão com a doença em estágio mais avançado, podem apresentar as seguintes características:

  • Inclinação do corpo para um dos lados;
  • Desnivelamento dos ombros;
  • Quadris assimétricos;
  • Desigualdade no tamanho das pernas;
  • Mamilos assimétricos;
  • Costelas sobressaltadas para um dos lados do tórax;
  • Cintura irregular;

Como deve ser feito o diagnóstico da escoliose?

Para maior precisão no diagnóstico da escoliose, o médico fará um levantamento clínico do paciente acerca do seu crescimento recente, do histórico familiar e da presença de dores, seguindo as etapas:

  • Exame físico: depois da análise do histórico, o profissional vai procurar sinais de escoliose, avaliando o paciente de frente, de costas e de perfil;
  • Exames de imagem: os mais comuns são os raios-x, mas o médico pode solicitar uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que oferecem maiores detalhes;
  • Programas de rastreamento: para o diagnóstico precoce da escoliose idiopática em adolescentes, uma excelente alternativa é o teste de ADAMS.

Que consegue verificar qualquer assimetria no tórax ou ao longo das costas.

Tratamentos indicados para escoliose

A escolha do tratamento para escoliose vai depender de alguns fatores, como:

  • Idade do paciente;
  • Grau e padrão da curvatura;
  • Intensidade da dor;
  • Quanto o paciente ainda irá crescer.

Os tratamentos usualmente utilizados para esse tipo de deformidade são os fisioterapêuticos, o uso de coletes e as cirurgias, os quais serão detalhados agora

Fisioterapia: de acordo com o Consenso SOSORT 2015, para as curvaturas entre 10 e 25 graus de escoliose, há a necessidade desse tipo de exercícios fisioterapêuticos;

Coletes: ideal para paciente em fase de crescimento, já que esse acessório tem a capacidade de retardar a progressão da curvatura, como também para aqueles em que o grau da curva ultrapassa os 25 graus.

Cirurgia: recomendada em último caso, mas é a opção ideal para pacientes com curvatura acima de 45 graus e com comprometimento pulmonar.

Além das opções citadas acima, exercícios específicos como Pilates, caminhada e hidroginástica, ajudam a reduzir as dores, diminuir o uso dos coletes, além de estimular de forma igual os dois lados do corpo.

Como o Pilates pode beneficiar os pacientes com escoliose?

Seja qual for o tipo de escoliose, o Pilates pode ser um grande aliado no tratamento dos pacientes acometidos dessa doença.

Visto que, todos os músculos que estão ligados diretamente à coluna, são trabalhados nessa atividade, promovendo maior estabilidade na estrutura central do corpo.

Com base em estudos, em que 20 mulheres sedentárias que tinham a curva escoliótica, o método Pilates teve sua eficácia comprovada, por meio dos seguintes dados:

  • O teste foi realizado durante 12 semanas, sendo dois dias por semana com sessões de 60 minutos;
  • Houve uma redução de 38% da curvatura nos casos de escoliose não estrutural;
  • 60% das pessoas tiveram sua dor reduzida;
  • 80% teve um aumento da flexibilidade.

Levando em conta os princípios do Power House, a prática do Pilates contribui para o fortalecimento da coluna, que é afetada pela escoliose.

Além do fortalecimento da coluna, outros benefícios podem ser percebidos pelos portadores dessa condição ao começarem a praticar o método Pilates:

  • Melhora da respiração;
  • Maior relaxamento;
  • Aumento do bem-estar;
  • Melhora da resistência;
  • Fortificação do corpo;
  • Sono mais tranquilo.
escoliose
o Pilates pode ser um grande aliado no tratamento dos pacientes acometidos pela escoliose.

Conclusão

Em síntese, a escoliose, a não ser que seja congênita, é muito difícil de ser detectada, já que praticamente não apresenta sintomas.

Por isso, o melhor que o indivíduo pode fazer, é cuidar da sua coluna e da sua saúde como um todo, desde muito novo.

Pois, é muito comum que essa condição comece a se desenvolver ainda na puberdade, quando ocorre o crescimento mais rápido.

Nesse sentido, a melhor alternativa é buscar ajuda de um profissional que tem a qualificação necessária para identificar os primeiros sinais de escoliose.

Como também oferecer as melhores orientações de prevenção a esse e outros tantos problemas na coluna, que podem comprometer a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

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Dr.Luis Sombra - CRM/CE 13.266 - TEOT 15.049 - RQE 7.650 - Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia da Coluna

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